Intermitências

Joclécio Azevedo

12 Mar 21.30h • 9.30pm / 13 Mar 18h • 6pm | 60' | M/6 | Teatro da Trindade

Em Intermitências tomamos como ponto de partida o uso do tempo, entendido não apenas como algo linear (passado, presente, futuro) mas como elemento transversal da nossa existência. O tempo que nos une e que nos separa, o tempo da disjunção e da sobreposição, o tempo da fricção entre tempos contrastantes. O corpo assume-se, neste contexto, como uma espécie de palimpsesto, como superfície de inscrição que se transforma e que mostra as evidências das suas mudanças. Os intérpretes são suportes de inscrições e de memórias mas também se desdobram como agentes observadores e activadores de indícios, a multiplicar possibilidades de agir e de interagir com os outros. O próprio processo de trabalho, de criação desta peça coreográfica, de colaboração entre os elementos deste grupo, transforma-se em conteúdo, despoletando intercâmbios de papéis que evidenciam a necessidade de repensar modos de produção. Nesta obsessão de tornar habitável e visível o processo de trabalho, ensaiamos formas de apropriação do espaço comum, ocupamos o tempo em que existimos em conjunto, tentamos contornar a velocidade do mundo que nos ultrapassa continuamente.

Paralelamente, Joclécio Azevedo falará sobre o seu trabalho no ciclo de palestras O Meu Processo.

Ficha Técnica:

Concepção e coreografia: Joclécio Azevedo
Colaboração: Jérémy Pajeanc
Música: Kubik (aka Victor Afonso)
Interpretação: André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves, Joana Castro, Joclécio Azevedo
Figurinos: Jordann Santos
Desenho de luz e operação: Miguel Carneiro
Fotografia: José Caldeira – TMP
Apoio à residência: Companhia Instável
Produção executiva e difusão: Circular Associação Cultural
Co-produção: Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Circular Associação Cultural.

Intermitências has its starting point in the use of time, understood not only as something linear (past, present, future) but also as traversal element of our existence. The time that unites and separates us, the time of disjunction and overlapping, the time of friction between contrasting times. In this context, the body is assumed as a kind of palimpsest, as an register surface that transforms and shows the evidences of its changes. The performers are registrations and memories holders but also they unfold as observers agents and evidence activators, multipling possibilities to act and interact with others.. The creative process of this piece, of collaboration between the members of this group, becomes the content, triggering role exchanges which show a need to rethink forms of production. This obsession to make inhabitable and visible the work process, we essay new appropriation forms of public space and occupy the time in which we exist together trying to escape to the world speed that continuously surpasses us.

In parallel , Joclécio Azevedo will talk about his work in the lecture series My Process.

Credits:

Concept and choreography: Joclécio Azevedo
Collaboration: Jérémy Pajeanc
Music: Kubik (aka Victor Afonso)
Interpretation: André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves, Joan Castro, Joclécio Azevedo
Costumes: Jordann Santos
Light: Miguel Carneiro
Photography: José Caldeira – TMP
Residency support: Companhia Instável
Executive Production and distribution: Circular Associação Cultural
Co-production: Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Circular Associação Cultural.

Onde • Where: Teatro da Trindade

Largo da Trindade, 7-A
1200-466 Lisboa
Tel. (+351) 213 423 200
Website: www.teatrotrindade.inatel.pt